Poucas pessoas,
incluindo pretendentes, sabem quantos candidatos cada partido pode lançar para
concorrer a vereança em uma eleição.
Pois bem, conforme a
Lei n.º 9504/97, conhecida como Lei das Eleições, em seu artigo 10, a mesma
determina que cada partido pode lançar candidatos até 150% do número de
cadeiras em disputa. Ou seja, cada partido pode lançar candidatos até o limite
de 1,5 vezes o número de cadeiras em disputa para a Câmara Municipal.
E se for uma coligação?
Bem, de acordo com o
§ 1º do referido artigo, coligações podem indicar candidatos até o dobro de
cadeiras ao dispor.
E mais, segundo o §3º
do citado artigo, dos candidatos de cada partido ou coligação, 30% no mínimo, e
70% no máximo, tem que ser de cada sexo, ou seja, na prática 30% dos candidatos
da legenda tem que ser mulheres, visto a improbabilidade de um partido lançar
uma nominata com maioria de mulheres, em virtude da desigualdade sexual que
ainda assombra a política. Aliás, um dos grandes desafios dos partidos
políticos e ter um quadro forte de mulheres, que possam assumir o papel de
lideranças.
No caso concreto de
Pelotas, com 21 cadeiras em disputa no legislativo municipal, cada partido pode
lançar até 32 candidatos, e cada coligação até 42 concorrentes.
Segundo o TRE-RS,
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, no ano de 2008, 20 partidos obtiveram
votos para vereador em Pelotas. Assim, teoricamente, poderíamos ter até 640
candidatos a vereança na cidade, tendo como base o limite de 32 candidatos por
partido, explicado acima.
Porém, sabendo que a
maioria dos partidos não preenche a nominata em sua totalidade, e que ocorrem coligações
variadas, certamente o número de candidatos não será esse.
Contudo, tendo em
vista que poderemos não ter coligações nas eleições 2012, conforme já dito no post anterior,
em virtude da possibilidade de aprovação da PEC 40/11, e que, mesmo não sendo
aprovada a PEC, em função da recente decisão do STF, citada no texto, as
coligações devem diminuir, resultando em um número de candidatos a vereador em Pelotas
certamente superior aos 194 da eleição de 2008.
Cabe agora aos
partidos escolherem com sensatez seus candidatos, e os eleitores votarem com
inteligência em seus representantes.
Concordo plenamente
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